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Todos os anos, sem falta, viajamos em família.

Duas semanas em algum lugar quente onde eu possa relaxar, curtir o sol no rosto e uma cerveja na mão. É o único momento em que consigo desligar de verdade. Sem e-mails. Sem ligações. Sem frete. Só sol, sangria e muito relaxamento.

Há quase uma década que vamos todos os anos para Lanzarote. Sempre o mesmo tipo de villas. As mesmas piscinas. O mesmo cantinho com churrasqueira onde já queimei mais salsichas do que gostaria de admitir. Já virou uma espécie de tradição. Conhecemos a região. O resort funciona. Todo mundo está feliz. Mas este ano a família teve outros planos. Queriam ir para um lugar diferente… um lugar novo. Tudo bem, pensei. Mudanças são boas. Eu topo – desde que eles deem sugestões e pesquisem um pouco. 

Então eu disse: “Ok. Encontrem algum lugar. Me avisem que eu reservo.” E então… nada. Semanas se passaram. Algumas sugestões vagas surgiram no grupo de bate-papo. Alguém mencionou Portugal. Outra pessoa disse Grécia. Mas ninguém se decidiu. Ninguém pesquisou, enviou links ou fez comparações decentes. Então, finalmente, decidi que o tempo estava se esgotando e fiz o que sempre faço. Reservei as mesmas férias no mesmo resort em Lanzarote. Os mesmos voos. O mesmo carro alugado. A mesma ida ao supermercado quando chegarmos lá. Fui com certeza. E não sou a única a fazer essa escolha. É da natureza humana… 

Veja bem, quando confrontadas com muitas opções – ou quando as coisas parecem um pouco incertas – as pessoas nem sempre buscam o novo e o empolgante. Na maioria das vezes, optamos pelo que conhecemos. O que é familiar. O que parece seguro. Não se trata de medo. Nem mesmo de conforto, na verdade. Trata-se de controle. Há algo reconfortante em saber o que esperar. Mesmo que seja um pouco ruim... Mesmo que você saiba lá no fundo que pode haver uma opção melhor por aí. Se a atual funciona – ou pelo menos não quebra – a maioria das pessoas não muda. Porque a certeza é "mais segura" do que o desconhecido.

O mesmo acontece nos negócios. Digamos que você esteja tentando conquistar um novo cliente. Ele usa o mesmo agente de cargas há anos. Construíram um relacionamento. Há um histórico. Você pode pensar que está apenas oferecendo um novo fornecedor. Mas o que você está realmente pedindo a ele é que assuma um risco. Você está pedindo que ele abandone algo familiar e confie que você não o decepcionará. É um pedido ousado. Especialmente neste setor, onde o tempo é crucial, os erros são custosos e a reputação está em jogo.

Então, se você quer que eles deem esse salto, precisa eliminar o medo. Precisa criar segurança. E isso não vem de um folheto brilhante ou de uma apresentação impecável. Vem da consistência. De se apresentar sempre com os mesmos padrões, o mesmo serviço, a mesma atitude de "nós damos conta do recado". Está na sua marca. Nos seus e-mails. Na forma como sua equipe atende o telefone. Está nas promessas que você faz – e se você realmente as cumpre. Porque quando alguém está avaliando se deve permanecer com o que conhece ou arriscar com você, a diferença não será o seu preço, o seu logotipo ou o seu site sofisticado... Será se eles acreditam – realmente acreditam – que podem contar com você. E se eles derem esse salto? É melhor você se apresentar e cumprir sua promessa... Porque a consistência pode conquistar a atenção deles... Mas a confiabilidade? É isso que os faz voltar.

E você, já se viu preso à sua zona de conforto, mesmo quando pensou em mudar? Adoraria ouvir suas histórias…